Apoios

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O método da Comunicação Facilitada envolve a atuação de um parceiro de comunicação (facilitador) que fornece vários tipos de apoio ao usuário:

- Apoio Físico, que pode incluir:

  • assistência para isolar o dedo indicador;
  • estabilização do corpo para proporcionar um bom posicionamento para apontar;
  • resistência na direção contrária ao movimento do braço para diminuir a velocidade no apontar, conter a impulsividade, ou garantir o foco no alvo;
  • um toque em alguma parte do braço para ajudar a pessoa a iniciar a digitação;
  • puxar para trás o braço para ajudar a pessoa a não tocar repetidamente um alvo, e se organizar para um próximo movimento de seleção. 
  • resistência para fornecer o ritmo do movimento.
O apoio físico pode ser classificado em quatro níveis, conforme sua intensidade: 
  1. Feedback proprioceptivo
  2. Reorganização
  3. Toque leve
  4. Proximidade

O local do corpo onde ocorre o apoio pode ser: a mão, o pulso, o antebraço, o cotovelo, o braço, o ombro, as costas ou a perna. 

O objetivo da CF é reduzir o apoio com o passar do tempo, de forma que o indivíduo alcance a independência física na comunicação. O processo de redução de apoio físico segue as seqüências acima indicadas, referentes ao nível e ao local do apoio.

- Apoio Comunicativo, que é dado através de:

  • várias formas de solicitações e sugestões para ajudar a começar, manter o foco e continuar uma interação comunicativa (exemplo: "qual a próxima letra?", "vá em frente/continue", "olhe para o que você está fazendo");
  • lembretes sobre as habilidades relacionadas ao movimento (exemplo: "mais devagar", "procure mais as letras");
  • feedback sobre quais figuras, palavras, ou letras a pessoa apontou;
  • perguntas de esclarecimento (exemplo: "não estou certo do que você quis dizer. Por favor digite de novo"; ou "Você quis dizer BONITO? Sim ou Não?"

- Apoio Emocional, que envolve:

  • dar incentivo e feedback positivo verbal no decorrer de todo o procedimento de treinamento, para desenvolver a confiança da pessoa;
  • transmitir altas expectativas e crença na capacidade da pessoa (exemplo: "eu sei que você consegue fazer isso");
  • manter uma atitude calma e respeitosa, sendo paciente com a pessoa mesmo quando o processo de comunicação for difícil ou o progresso for lento;
  • o facilitador tomar a responsabilidade pelos insucessos nas tentativas de comunicação do indivíduo.

(Este texto foi baseado em Aguiar et al (2012) - "Incluindo o aluno com autismo na classe regular: uma experiência bem sucedida com o método da Comunicação Facilitada")

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