Projeto

Estratégias de CAS para alunos autistas da Rede Municipal de Ensino do Recife

O PROJETO

O projeto é coordenado pelo professor Carlos Lucena do Instituto Aggeu Magalhães (IAM), unidade da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em Pernambuco, e pela Divisão de Educação Especial da Prefeitura do Recife, e conta com a participação de 12 escolas municipais na sua primeira etapa. O objetivo é promover o uso mais eficaz de dispositivos de comunicação alternativa por alunos autistas, contribuindo para sua maior participação e inclusão escolar. O propósito é de no futuro estender as atividades de capacitação e apoio para outras escolas e profissionais da Rede Municipal, de forma que os alunos autistas que necessitem de estratégias para utilizar a Comunicação Alternativa e Suplementar possam ser alcançados.

CURSO DE FORMAÇÃO 

De agosto a dezembro de 2016, 20 profissionais do Atendimento Educacional Especializado (AEE) dessas escolas participaram do curso de formação em "Comunicação Facilitada para Pessoas Autistas" (60hs), realizado no IAM. Em avaliação realizada pelos cursistaso curso foi considerado ÓTIMO para 89% e BOM para 11% deles. 

Turma do curso de Comunicação Facilitada para Pessoas Autistas
Turma do curso de Comunicação Facilitada para Pessoas Autistas


VISITAS ÀS ESCOLAS

Em outubro e novembro de 2016 as doze escolas participantes foram visitadas pelo Coordenador do projeto, que conheceu alguns alunos autistas e as salas de recursos multifuncionais onde são atendidos, bem como realizou demonstrações das estratégias propostas no curso junto a esses alunos.


SUPERVISÃO E SENSIBILIZAÇÃO

Em fevereiro de 2017 foi iniciada a supervisão da aplicação das estratégias aprendidas no curso, envolvendo 10 encontros no IAM com as profissionais do AEE, nos quais são analisados e discutidos os registros em filmagens das atividades realizadas com os alunos autistas. 

Em paralelo, o Coordenador do projeto está visitando algumas das escolas para promover a sensibilização de gestores, pais de alunos, professores e acompanhantes de sala, em relação às estratégias que estão sendo implementadas.

Palestra de sensibilização na Escola Municipal Severina Lira
Palestra de sensibilização na Escola Municipal Severina Lira


PALESTRA PARA A REDE

O coordenador do projeto também proferiu palestra no dia 03 de abril de 2017, a convite da Secretaria de Educação do Recife, no II Simpósio sobre Transtornos do Espectro Autista, para uma audiência de aproximadamente 500 pessoas, na maioria profissionais da Rede Municipal de Ensino.

II Simpósio sobre Transtornos do Espectro Autista
II Simpósio sobre Transtornos do Espectro Autista
Palestra do prof. Carlos Lucena
Palestra do prof. Carlos Lucena


IMPACTOS INICIAIS

Apesar da implementação das estratégias propostas junto aos alunos autistas ter iniciado apenas em novembro de 2016 nas escolas, um levantamento preliminar foi feito no mês de abril de 2017 junto às profissionais de AEE, para identificar os impactos iniciais do projeto. 

Foi verificado que:

  • As estratégias de CAS propostas já estão sendo utilizadas junto a 20 alunos autistas de 12 escolas municipais.
  • 08 alunos autistas já apresentaram algum avanço significativo em sua comunicação por meio dessas estratégias, após 2 meses de intervenção.
  • 03 profissionais de AEE participantes do projeto atuaram como multiplicadores, realizando palestras, estudos e treinamentos junto a outros profissionais de 07 escolas da rede, sobre conteúdos aprendidos durante este projeto.
Estudo promovido na Escola da APAE
Estudo promovido na Escola da APAE
Treinamento promovido na Escola Severina Lira
Treinamento promovido na Escola Severina Lira


DEPOIMENTOS

Abaixo seguem alguns comentários de profissionais de AEE participantes do projeto, extraídos da avaliação preliminar de impactos do projeto:

"Estamos vendo alguns de nossos jovens 'desabrochar', dar respostas que antes não davam, enfim, mostrarem que sabem talvez até mais do que supomos". 

(Luciana Lopes Peres - profissional do AEE da Escola Municipal Severina Lira)


"É possível perceber o quanto a equipe passou a acreditar e investir ainda mais no trabalho junto ao estudante, que demonstrou potencialidades antes escondidas pela falta de oralidade e comportamentos inadequados". 

(Jeyse Anny de Oliveira - profissional do AEE da Escola Municipal Engenho do Meio)


"Só houve mudanças positivas. Confesso que estávamos procurando uma 'luz no fim do túnel', porém não conseguíamos enxergar os resultados que esperávamos. A partir da aplicação dessa estratégia, descobrimos o que na verdade já sabíamos, porém não estávamos conseguindo dar oportunidade para o aluno se expressar e mostrar o que sabe, o que pensa, o que sente." 

(Patrícia Brasil - profissional do AEE da Escola Municipal Chico Mendes)


Crie seu site grátis! Este site foi criado com Webnode. Crie um grátis para você também! Comece agora